quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

past masters.

não mais que janeiro
serei forte.
só saberei de mim domingo,
depois do sorvete.
aí então caminharei
pelas segundas,
quando das feiras
só restarem folhas de repolho
e sobra de frutas pelo chão.

não mais saberei de ninguém
enquanto houverem sinos
anunciando algum início.
no sábado ou em dezembro
seremos novos,
mesmo que pareça
tudo sempre tão igual.

I`m so high... I can not talk.

eu queria escrever um texto que ainda está para escrever.
queria que as palavras por uma vez na vida libertassem muito mais de mim do que libertam agora. queria saber dizer ao certo que sentimentos são estes que se atropelam dentro de mim.
ter uma noite sossegada... que já há algum tempo não tenho.
sorrir com calma e bastante vezes.
secar as lágrimas.

mais que tudo... queria deixar de ouvir os pianos que me atormentam noite após noite, dia apo´s dia.
horas seguidas ouvindo melhodias que nem sei identificar... como se pocurassem uma imagem. um movimento. pra calar a saudade.
eu já nem me lembro bem... foi assim a tanto tempo?

parece que passou uma eternidade por mim que calaram meus olhos... foi como se tudo passasse a ter outro significado.
como se visse as cores pela primeira vez desde a muito tempo.
o quente. o frio. a cor. a ausência de cor.
foi como se tudo fizesse sentido pra mim, no meio de algo que não fazia sentido nenhum.
foi como se todo aquele momento durasse uma eternidade. já tinha dito isso, não foi?!
enfim...
não sei sequer lidar com estas agulhas que espetam diariamente no coração.
não sei parar o relógio, e as imagens se confundem nos piores momentos.
me encontro em situações estúpidas... onde tento esclarecer a realidade dos sonhos.

e por trás... sempre o piano. tocando tudo.
todas as notas da minha vida.
todas as lágrimas que caem.
todos os amigos que vão.
toda a dor que fica.
todas as esperanças adormecidas.
todos os cigarros mal fumados nas noites.
toda a alegria que nasce.
todo o sentimento que se arrasta.
todas as vezes que se calam.
todos os beijos que esqueci.
e o pior...
todas as palavras que fiquei de dizer.
e todos os beijos que ficaram por dar.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Com cor-de-rosa as palavras parecem mais doces.
Com cor-de-rosa as palavras parecem mais doces.
Com cor-de-rosa as palavras parecem mais doces.
Com cor-de-rosa as palavras parecem mais doces.
Com cor-de-rosa as palavras parecem mais doces.
Com cor-de-rosa as palavras parecem mais doces.
Com cor-de-rosa as palavras parecem mais doces.
Com cor-de-rosa as palavras parecem mais doces.
Com cor-de-rosa as palavras parecem mais doces.
Com cor-de-rosa as palavras parecem mais doces.
Com cor-de-rosa as palavras parecem mais doces.
Com cor-de-rosa as palavras parecem mais doces.
Com cor-de-rosa as palavras parecem mais doces.

c´as mões

nao sei escrever sonetos.
não consigo medir o tamanho dos desastres que escrevo.
nem as conseqüências das burradas que faço.
no máxmo, rasbico uns poemas caolhos
inspirados nos meus percalços
e a vida me dá o troco:
ora em aplausos
ora em socos.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

body. body.

Quantos espaços alcançam meus braços?
Quantos metros andam minhas pernas?
Talvez aí estejam meus limites.
Talvez aí estejam minhas finitudes.
Bem se falam de altitudes e latitudes.
Estes chegares da ciência e do avanço.
Eu estou no lugar que posso.
Eu estou no lugar que alcanço.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Luzidia-me ... ?

Queria tanto afundar nessa luz alaranjada e quente.
Há algo nessa luz que invoca todo um estado de nostalgia e a procura de aconchego num espaço claro e almofadado.
Há qualuqer coisa nessa luz de verão que nos faz pegar um álbum de fotografias e folhear os cantos das nossas memórias.
Há qualuqer coisa hoje que me faz querer agarrar essa luz e não partir nunca das almofadas do sofá.
Há qualuqer coisa alaranjada hoje, que me desfia a alma em sorrisos e um cansaço estranho e confortante.

Uma luz que tanto nos deixa dormir no sofá, enquanto se gira o pé no ar, como nos faz largar a preguiça num canto e pisar no chão gelado, com os pés nus e andar assim pela rua no fim ou início de um dia quente.
Aquela luz que me faz por uma música e rodar de braços abertos numa harmonia qualquer que me eleva. Sem tocar com os pés no chão. E expressar um sentimento de euforia e ao mesmo tempo de moleza interior. Aquele misto de verão, de ernergia e calma.
Que nos faz sorrir.
Só um sorriso.
Como se estivéssemos apaixonados a vida inteira e nada nos fizesse mudar essa atitude descontraída, de quem não tem um cravo amargo para tirar do canto dos lábios com a língua.

Quero mesmo essa luz, pois os dias são cruéis e há uma velocidade que me entra no cérebro que massacra essa simplicidade.

Porque tudo é na realidade simples... tão simples.