sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Pode ser?.

Acabei de ler minhas confissões desse blog inteiro. A vida é cíclica, um vai e vem interminável. Uma sensação gostosa de coisas novas, problemas, pessoas, pessoas.. aaah meu Deus como é possível tanta explosão de vidas numa só passagem intrínseca pelos rastros do tempo?! Viver dá calos, calafrios, ruguinhas, ponta pés, giros, cicatrizes.

Ui ui ui.

Eu vivo tanto. Vivo meia-boca, vermelha, às vezes bege, nunca verde, nunca morna. Quando dou por mim sou mais aquilo que achei que fosse!

domingo, 23 de agosto de 2009

é fato

todo pensante assumido, peca pelo excesso.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Im ready for my close up.

Gosto dos livros mofados, com manchas de café e uma folha seca que marca uma página pela metade.
Gosto de sentir todas as experiências que me permitem sentir.
De mergulhar em mantras e repetir palavras que não entendo, mas que me fazem bem, e repetir, repetir, repetir, repetir...
Queria escrever coisas mais universais, mas só saem coisas de mim. Isso é um sinal de egoísmo doentio.
Sinto muito por tudo e por todos, sinto demais.. queria sentir menos.
Não gosto e tenho enjoo desses relacionamento mornos.
Me sinto enjoada.
Gosto dessas gotas de chuva que caem macias no vidro da janela, que me convidam a preguiçar e esquecer tudo lá fora.
Gosto do cheiro que me trazem as lembranças, e das lembranças que me trazem os cheiros.
Gosto de tudo que passei, porque me faz querer mais...
Gosto do que conheci, do que vi, de quem eu tive, de quem eu tenho, porque me fez assim.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Sete Chaves


Vamos tomar chá das cinco e eu te conto minha
grande história passional, que guardei a sete chaves,
e meu coração bate incompassado entre gaufrettes.
Conta mais essa história, me aconselhas como um
marechal do ar fazendo alegoria. Estou tocada pelo
fogo. Mais um roman à clé?
Eu nem respondo. Não sou dama nem mulher
moderna.
Nem te conheço.
Então:
É daqui que eu tiro versos, desta festa – com
arbítrio silencioso e origem que não confesso –
como quem apaga seus pecados de seda, seus três
monumentos pátrios, e passa o ponto e as luvas.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Machadiana

A manhã era linda.
Veio ali por fora (pela fresta), modesta e fresca.
Espairecendo minhas borboletices sob a vasta cúpula de um céu azul, que é sempre azul, para todas as asas.
Passa pela minha janela, entra e dá comigo.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Assim, pela metade...

Às vezes não vale a pena mergulhar em tanta certeza.
É mais fácil fingir que foi um subplano do destino pra mostrar coisa alguma.
Quero fugir de qualquer vulnerabilidade de sentimento mesquinho.e atiçar a bondade dos acasos.

É cedo demais pra descobrir certas coisas, e muito tarde pra perceber outras.

Deuss, queria um pouco de normalidade, será que é possível?
E ah, umas rosquinhas também, enquanto espero.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Distraction is an obstruction for the construction.

Quando a vida transborda as palavras cessam...

e a inspiração escapa.

domingo, 29 de março de 2009

Ao dormir sonho colorido. E de quantas cores seus sonhos são feitos? De todas e além, algumas se misturam e se confundem, outras de tão belas deixam de ter nome.
Deixa de besteira!
E quando acordo sonho de olhos abertos.
Até parece que você quer dormir do avesso.
E como é? é preciso ter coragem, afinal, sonhar no mundo das engrenagens é inevitavelmente parte de nossas sandices cotidianas. E qual a diferença de sonhar acordado ou de olhos abertos para o lado de dentro? A grandeza do sentimento.

Abstrações.



you know... we want our film to be beautiful, not realistic.

pshi.
I'm so touched by your goodness
you make me feel so criminal.
I've explored you with the detachment of an analyst
and none of our secrets are physical.
it's like we weren't made for this world
no, I wouldn't really want to meet someone who was.
I'm just not available
things could be different
but they're not

quarta-feira, 11 de março de 2009

Petits Sons Appétissants

Na playlist muito thee, muito barulho, muito descompasso pra acalmar o coração.
O desespero sonoro trás força, tudo muito waaaiow, quacks, guturalmente falando.
Hoje aprendi a tomar chá de alfazema sem açúcar.
Aprendi a fazer a unha.
Baloons, baby, probably, bubbles, e balabras terabeuticas.
A lua faz tudo ser imenso em mim.
As pessoas chegam, chegam... querendo o quê necessariamente?
Depois elas voltam de onde vieram com o rabo entre as pernas, ilusões demais, vida de menos.
Todos os clichês no final viram tão verdadeiros.
Todos os clichês que eu necessito e preciso dizer que são só ‘clichês’ vêm à tona, pois tudo na verdade é tão clichê.
É uma regra: acredite nos clichês.
As velhas histórias se repetem, e não tem como fugir disso.
Aaaaai como a vida é óbvia!!!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Aqui nesse quarto fito curiosamente, no apertar de olhos, as margens da minha sombra borradas de vodka... me sinto elegante e febril como uma serpente pronta para dar o bote.
Observo meu reflexo roxo e apagado tropeçar em uma parede e mudar de tom. Azul, rosa, roxo de novo.
E existo mais em dias rasos assim, na minha imensa fragilidade, no atrito de cinco mil sentidos... Ninguém me rouba a solidão.
Ouço uma música baixinha, um barulhinho bom.
Passo delicadamente minha mão por essas teclas e não abuso.
Não assumo mais do que meus dedos podem sustentar.
Ando na ponta dos pés, grafo com a ponta das unhas e aponto meus dedos direcionando silêncios, não quero assustar os termos.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Silence

"Esteja alerta para a regra dos 3

O que você dá, retornará para você

Essa lição você tem que aprender

Você só ganha o que você merece"

São nos momentos de fragilidade que você descobre seus anjos sem asas, são nesses momentos que você descobre quem vai com você até o final (do tormento), que você descobre o porquê de um dia depois do outro, e lembra do orgulho que você esqueceu, do que deixou de proporcionar às pessoas porque estava tão vulnerável.

Uma vontade de se trancar em um quarto e deixar que ninguém se contagie com suas últimas experiências fracassadas, com a esperança jogada ao poço; Ninguém é dono dos meus problemas, nem eles são donos de mim.

Então por teimosia meus anjos se deixam contagiar pelos problemas, pra compartilhar tudo comigo, num ato quase santo.
São meus anjos sem asas.

Sabem que eu não posso dar nada em troca, porque há uns meses eu estou vazia e à flor da pele, não sou a de antes. Machucada na alma.

É aí que elas sugam tudo que me aflige, e depois me preenchem de mim mesma, me tiram as vendas dos olhos, me devolvem à mim mesma. Me fazem sentir o gosto de uma boa cerveja, o som de uma boa música, me fazem rir como nunca, até a barriga doer e os olhos chorarem (de coisas boas).

São meus anjos sem asas.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009


É coisa de mulher...

Ter algum prendedor de cabelo que dure mais de 3 meses sem sumir misteriosamente, conseguir andar de salto alto, saber dos seus ângulos mais atraentes e fingir que não sabe o que tem de mais bonito no corpo, sentir ciúmes e fingir não ter, sentir ciúmes e brigar por ter, escrever textos dramáticos ‘Ó destino cruel! Por que eu sinto tanto?’.

É ter desejos incontroláveis por comidas extremamente estranhas, ter vícios periódicos por coisas não-notáveis, esquecer o guarda chuva em todo lugar que vai, é todo santo dia estar num Bad Hair Day, é chorar por alguém e dizer pra Deus e o mundo que você nunca seria boba de chorar por ninguém, ter raiva de dizerem que é sexo frágil mas bem no fundo admitir que isso é verdade. Ter tpm (uma desculpa pra extravasar) e chorar horas a fio sem saber porquê e por quem, dizer muito e não falar nada, falar pouco e dizer muito.

Se sentir igual ao resto do mundo, é surpreender, ser sensitiva e saber que isso é um dom forte, ser menina pra sempre, ter nostalgias, pipoca, filmes e amigas, ter baixa imunidade, ouvir músicas que arrepiam, sentimentos que dão dor na barriga, saber que se tem o poder, saber que se tem, que se pode ou não dar, que se gera um ser humano e ter a decisão de querer ou não ter, brincar com o sentimento de poder só pra ser mulher. Ser mulher enfim, é uma vida lindamente condenável, uma vida de rosas e espinhos, é uma vida de mulher e é só uma, é só essa aqui.


Texto escrito com os conselhos da Débora, minha amora e amiga sempre.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

‘O amor é uma espécie de preconceito. A gente ama o que precisa, ama o que faz sentir bem, ama o que é conveniente. Como pode dizer que ama uma pessoa quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse? Mas a gente nunca conhece.’

Velho Buk.