sexta-feira, 31 de outubro de 2008
pensamento.
Neblina mental.
Sexo mental.
O beijo e a anestesia.
Manchas na epiderme.
Olhos como pétalas de papoula.
Luvas de cetim amarelado destoando a imagem escurecida do quarto de poeira e talco.
Tudo o que é vivo, que precisa de mais que um sorriso para estar vivo, movimento semi-preditado, será que vale?
Viver é instinto, uns me dizem.
Um ser onipotente, onipresente, que nunca vimos, criador do "nada é nada e cala a boca", Deus.
Toque macio.
Toda a noite a mesma sombra.
Saudade?
Muita.
Longe disso, longe de tudo.
domingo, 26 de outubro de 2008
boom.
O céu cobre o mundo e não protege ninguém.
Os dias comen uns aos outros. São engolidos rápido demais para minha memória captar.
Debaixo dessa cama de ossos eu sinto as palavras pulsando e se debatendo para sair. Estão cansadas de tanta colisão, cansadas de serem escravas de meus comentários vagos e cansadas de existirem em um ritmo frenético apenas para serem sedadas, carimbadas e engavetadas mesmo antes de brotarem na língua, antes do fim.
Não tenho medo do fim, esse treco-inonimável-que-me-leva-para-o-outro-lado.
’Oh não! E todo esse tempo eu pensava...’
Esse é o problema, você pensa. Deixa comigo, deixa eu ser sua vida inteira, sua cicatriz, deixa eu ser seus buracos. Posso te suspender no ar, abrir as cortinas, colorir a paisagem da sua janela, posso até serrilhar suas amarras. Vem, segura na minha mão!
It`s show time...