quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009


É coisa de mulher...

Ter algum prendedor de cabelo que dure mais de 3 meses sem sumir misteriosamente, conseguir andar de salto alto, saber dos seus ângulos mais atraentes e fingir que não sabe o que tem de mais bonito no corpo, sentir ciúmes e fingir não ter, sentir ciúmes e brigar por ter, escrever textos dramáticos ‘Ó destino cruel! Por que eu sinto tanto?’.

É ter desejos incontroláveis por comidas extremamente estranhas, ter vícios periódicos por coisas não-notáveis, esquecer o guarda chuva em todo lugar que vai, é todo santo dia estar num Bad Hair Day, é chorar por alguém e dizer pra Deus e o mundo que você nunca seria boba de chorar por ninguém, ter raiva de dizerem que é sexo frágil mas bem no fundo admitir que isso é verdade. Ter tpm (uma desculpa pra extravasar) e chorar horas a fio sem saber porquê e por quem, dizer muito e não falar nada, falar pouco e dizer muito.

Se sentir igual ao resto do mundo, é surpreender, ser sensitiva e saber que isso é um dom forte, ser menina pra sempre, ter nostalgias, pipoca, filmes e amigas, ter baixa imunidade, ouvir músicas que arrepiam, sentimentos que dão dor na barriga, saber que se tem o poder, saber que se tem, que se pode ou não dar, que se gera um ser humano e ter a decisão de querer ou não ter, brincar com o sentimento de poder só pra ser mulher. Ser mulher enfim, é uma vida lindamente condenável, uma vida de rosas e espinhos, é uma vida de mulher e é só uma, é só essa aqui.


Texto escrito com os conselhos da Débora, minha amora e amiga sempre.

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