quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Aqui nesse quarto fito curiosamente, no apertar de olhos, as margens da minha sombra borradas de vodka... me sinto elegante e febril como uma serpente pronta para dar o bote.
Observo meu reflexo roxo e apagado tropeçar em uma parede e mudar de tom. Azul, rosa, roxo de novo.
E existo mais em dias rasos assim, na minha imensa fragilidade, no atrito de cinco mil sentidos... Ninguém me rouba a solidão.
Ouço uma música baixinha, um barulhinho bom.
Passo delicadamente minha mão por essas teclas e não abuso.
Não assumo mais do que meus dedos podem sustentar.
Ando na ponta dos pés, grafo com a ponta das unhas e aponto meus dedos direcionando silêncios, não quero assustar os termos.

Um comentário:

Ivanicska disse...

para as noites certas e que combinam com músicas altas ouvidas bem baixinhas